Marina Silva Meira
Esta monografia se insere no âmbito de discussão sobre o tempo de permanência de ministros no Supremo Tribunal Federal. Nela, pretendo, a partir da averiguação da maneira como votava o Ministro Sepúlveda Pertence enquanto decano do STF, contribuir para a discussão sobre a instituição de mandatos aos ministros da corte.
Nessa linha, o trabalho explora a hipótese aventada no debate público de que o decano, enquanto ministro mais antigo no STF, tende a votar de maneira tradicional em relação aos acontecimentos externos ao tribunal e, ainda, a se opor aos ministros recém-chegados ao Supremo, votando conforme aqueles que ocupam a corte há bastante tempo.
Os resultados colhidos a partir do meu estudo dos votos do decano Pertence em decisões acirradas tomadas em controle concentrado de constitucionalidade, contudo, indicaram não ser determinante para o voto de um ministro o tempo há que ele está no STF, e, ainda, que Sepúlveda Pertence, enquanto decano, nas decisões analisadas, pareceu não ter uma preferência por tipos de argumentos, optando por valer-se de técnicas tradicionais ou argumentos contextuais de acordo com o caso com que se deparava.
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